The Gift Box Editora apoia ONG no combate ao aumento dos casos de violência doméstica e feminicídio no Brasil

De janeiro a julho de 2018, a central de atendimento a mulher ( Ligue 180) registrou 27 feminicídios, 51 homicídios, 547 tentativas de feminicídios e 118 tentativas de homicídios. No mesmo período, os relatos de violência chegaram a 79.661, sendo os maiores números referentes à violência física (37.396) e violência psicológica (26.527), segundo dados divulgados pelo Ministério de Direitos Humanos no ano passado.

Entre os relatos de violência, 63.116 foram classificados como violência doméstica. 

E este ano, de janeiro até agora, já foram contabilizados mais de 100 casos, segundo levantamento feito pelo professor Jefferson Nascimento, doutor em direito internacional pela USP, e divulgado pelo jornal O Globo.

E segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil já ocupa a quinta posição no ranking que mede as maiores taxas de feminicídio no mundo, dentre as 84 nações pesquisadas.

Mas por que as taxas de feminicídio vem aumentando tanto?

Segundo a assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Jolúzia Batista, esse aumento deve-se ao corte de verba de programas de assistência a vítima.


“O governo federal concebeu, mas depois abandonou, o projeto da Casa da Mulher Brasileira, um centro onde as vítimas recebiam assistência social, atendimento psicológico, orientações para realizar o registro de ocorrência, entre outros serviços. Alguns estados não chegaram a ter o programa; em outros, as instituições estão fechadas ou em uma situação muito precária, como no Distrito Federal”, explica Jolúzia Batista em entrevista ao jornal Extra.

Além disso, mudanças na sociedade com a inserção da mulher no mercado de trabalho e a mudança com que homens e mulheres veem a sociedade atualmente podem estar contribuindo para o aumento da violência contra a mulher.

Se antes as mulheres eram submissas e dependentes dos maridos, hoje elas já ocupam grande parte do mercado de trabalho, ganhando independência e chegando em alguns casos a serem as chefes da família.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, o número de famílias chefiadas por mulheres mais de dobrou em uma década e meia. E isso pode ser um dos fatores que vem causando o aumento dos casos de violência, pois os homens não estariam acompanhando as mudanças da sociedade com a mesma velocidade que as mulheres.


” Nas últimas décadas, os homens não se transformaram na mesma proporção que as mulheres, há uma diferença cada vez maior na forma como eles e elas pensam o mundo – explica. – As mulheres ganharam autonomia para fazer suas próprias escolhas. Querem que o casamento seja uma relação negociada, e não a palavra final do marido. O feminicídio é resultado da incapacidade dos homens de aceitarem essas mudanças”, explica Bila Sorj, Professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ em entrevista concedida ao jornal Extra.

Por isso é muito importante que a sociedade discuta esses casos para gerar concientização e pressionar o governo a retomar os projetos de ajuda as mulheres que não tem condições de sair de casa e se livrar do agressor.

A The Gift Box Editora é parceira de um desses projetos.

Através da venda do livro “Cage”, da autora Andy Collins, 10% das vendas dos ebooks são revertidos a ONG Fala Mulher para que eles desenvolvam ações para coibir a violência contra a mulher. Você pode adquirir o seu exemplar clicando aqui.

E se você conhece alguém que esteja passando por essa situação, peça ajuda discando 180 e avisando as autoridades.

Fontes:

https://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2018/03/em-15-anos-numero-de-familias-chefiadas-por-mulheres-mais-que-dobra.html

https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2019-02-04/feminicidio-brasil-janeiro.html

https://extra.globo.com/noticias/brasil/cento-sete-casos-de-feminicidio-foram-registrados-em-2019-diz-estudo-23390072.html

https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/agosto/ligue-180-recebe-e-encaminha-denuncias-de-violencia-contra-as-mulheres