Por trás de uma editora: Tradução

Hoje vamos desbravar uma área que causa muita comoção entre os leitores: a tradução dos livros.

A tradução é primordial no processo de uma editora. Uma tradução mal feita pode mudar o sentido da história, perder a essência dos personagens ou mudar o estilo característico que alguns autores imprimem em suas obras. 

Traduzir obras não é apenas passar de uma língua para outra; não basta apenas saber falar inglês, francês, alemão ou amaranto. Existem técnicas para traduzir um livro e nós vamos explicar um pouco como esse processo funciona com a ajuda da Mari Westphal, uma das tradutoras que trabalham com a The Gift Box Editora.

Tem que ter o domínio do idioma original e saber quando fazer as adaptações necessárias no texto, sem alterar a mensagem que o autor quis passar. Mas, principalmente, paciência, porque às vezes você tem que voltar em determinadas partes, ler e reler e, em alguns casos, refazer a tradução daquele trecho algumas vezes até que o texto fique com a mesma mensagem ou sentimento que o autor quis passar naquela determinada situação.

E se você pensa que ter a oportunidade de ler os livros antes de todo mundo é um mar de rosas, pense de novo… como toda profissão, existem algumas dificuldades. 


Tem muita coisa que os autores usam nos livros, que não podemos traduzir ao pé da letra porque em português não faz o menor sentido. Então cabe ao tradutor encontrar o equivalente no idioma para o qual está traduzindo. No caso das gírias é até que fácil, porque geralmente temos algo que seja equivalente no português, mas agora os ditados… Na maioria das vezes é necessário fazer uma alteração total das palavras para que o trecho do livro possa fazer sentido para quem está lendo

Traduzir um livro é um trabalho árduo, afinal serão dias dedicados àquela história e muitas vezes você já tem um outro trabalho esperando na fila, quando não esta trabalhando em outro livro ao mesmo tempo. 


Tem livro que demora quinze, vinte dias corridos; tem livro que demora um mês, às vezes mais e, tem a questão da carga emocional do livro. É possível traduzir mais de um livro ao mesmo tempo, mas eu prefiro não fazer isso porque tem o perigo de você, mesmo prestando atenção ao que está fazendo, acabar misturando as histórias… Acho que o melhor a se ter em vista é a qualidade do que a quantidade.

E assim como os autores, os tradutores também tem seus queridinhos… afinal, uma tradução é como um livro novo! Podemos dizer que os tradutores são mães e pais dessa obra também. E como estamos surpresas em saber que o queridinho da nossa tradutora é “No badalar da meia noite“. Tudo bem Mari, nós também estamos apaixonadas por esse livro aqui na editora. Rsrsrs


A tradução desse livro foi pura diversão! Eu gosto de traduzir de noite (quando não tem muita distração para tirar o foco), e confesso que foi difícil conter as gargalhadas para não acordar o pessoal lá em casa. A Tara Sivec tem uma escrita muito divertida e os personagens que ela cria são ainda mais divertidos, é impossível você não dar risada com os livros dela.

Então já sabe! Quer conferir o trabalho da Mari e ainda morrer de rir com a Tara Sivec? Corre pra garantir o seu exemplar de “No badalar da meia noite” e vem se apaixonar por essa história também. 

Até o próximo post, onde vamos passar para o processo de diagramação do livro. 

=)